As declarações de António Borges
As minhas reflexões sobre Cinema, Política e Desporto, entre outros temas. De convicções Hitchcock-Hawksianas, de Esquerda e Benfiquistas.
O super-controller Vítor Gaspar está claramente muito contente consigo próprio. Em NY resolveu proclamar o seu génio - afinal os investimentos públicos não estimulam a economia, "Portugal (leia-se ele próprio) deu uma lição de moral a quem assim pensa", e a economia portuguesa voltará a ser grande e forte apenas como resultado das políticas por ele implementadas com a ajuda e benção da chamada "troika". A falta de humildade é algo que pode ser desculpada nos génios mas nos medíocres funcionários como ele cai mal, é totalmente ridícula. Imagino a gargalhada geral (necessariamente silenciosa) que se deve ter seguido a estas declarações. Deitem fora os livros de economia, esqueçam Adam Smith, Keynes, Galbraith, Friedman. Chegou Vítor Gaspar, o homem que salva a economia portuguesa dando lições de moral ao mundo através do milagre da redução cega da despesa, de lançar mais 10% de população no desemprego em apenas um ano, de levar ao desespero o comércio porque não há poder de compra, de reduzir a receita fiscal pela via genial do aumento cego de impostos, de roubar partes de salário (sim, porque os chamados subsídos são asalário)de forma "temporária" que tende afinal a ser definitiva, de sobrecarregar os portugueses sem qualquer aviso e de forma ilegal com um imposto adicional de 3,5% (uma decisão digna dos senhores feudais, que lançavam novos impostos sobre o povo sempre que precisavam dinheiro para cobrir o seu despesismo), e ainda de (genialmente!) não atacar as grandes fortunas, os off shores, a evasão fiscal generalizada e os privilégios excessivos da minoria (desprotegida, presumo) de ricos que há em Portugal. Viva Gaspar, o genial!
Depois de muito tempo sem perder acabámos de perder dois jogos seguidos.
Este texto é uma resposta a um texto anti-socialista chamado “uma experiência socialista… em 1931” que anda há algum tempo a circular na net. Fiz o texto inicialmente como resposta via mail à enésima pessoa que me enviou o dito texto.
Não é um mês com muitas surpresas, pelo menos para os cinéfilos mais atentos.
Três dias depois, do desastre na Trofa, já consigo estar minimamente recuperado. Neste momento, o sentimento que identifico é só um: estou muito zangado. Muito zangado com o nosso grupo de trabalho do futebol. E é bom perceber que pelo menos Rui Costa e Quique também estão, mas outros haverá também dentro do próprio grupo que o estão igualmente, e ainda bem.
Barack Obama ganhou, como se esperava. E agora vai ter de estar à altura daquilo que todos esperam dele, incluindo muitos que nele não votaram e a generalidade do mundo fora dos EUA: que seja o melhor presidente Americano desde FDR.